Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo destacou a educação como pilar para inclusão social e desenvolvimento, com foco em alfabetização e empoderamento feminino em comunidades de jovens.
O Ministério da Educação (MEC) teve uma participação ativa na 2ª Conferência Internacional sobre Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, realizada entre os dias 9 e 11 de setembro, na cidade da Praia, capital de Cabo Verde. Essa conferência foi uma oportunidade importante para discutir as melhores práticas e desafios na área da Educação.
Além disso, o MEC também participou da 2ª Oficina de Capacitação e Partilha de Boas Práticas na Educação de Jovens e Adultos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que ocorreu simultaneamente à conferência. Essa oficina foi fundamental para o Ensino e o Aprendizado de novas estratégias e métodos de Instrução, que podem ser aplicados em diferentes contextos educacionais. A troca de experiências e conhecimentos foi enriquecedora para todos os participantes.
Educação: Um Direito Fundamental para Todos
A conferência internacional, realizada em comemoração ao Dia Internacional da Alfabetização, reuniram representantes de sete países-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), incluindo o Brasil, para discutir os avanços e desafios no campo da Educação de Jovens e Adultos (EJA), especialmente em contextos de vulnerabilidade. A representação brasileira, liderada pela professora doutora Maria Francisca Trujillo, da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Educação (MEC), desempenhou papel central nas discussões e apresentações.
A professora Trujillo destacou o Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos (Pacto EJA), assinado em junho de 2024 pelo MEC, como um exemplo de compromisso com a Educação. O Pacto EJA foi elogiado por sua abordagem intersetorial e colaborativa com diversos níveis de governo e órgãos de controle no Brasil. Além disso, a professora compartilhou a trajetória histórica da Educação de jovens e adultos no Brasil, desde o período colonial até as políticas vigentes.
Ensino e Aprendizado: Chaves para o Desenvolvimento
No contexto do evento, também foram abordadas questões como a alfabetização e o empoderamento feminino. A professora doutora Marisa Carvalho, presidente do Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade do Gênero (ICIEG), apresentou a experiência de Cabo Verde, enfatizando o papel transformador da Educação no fortalecimento da independência e dos direitos das mulheres. Participaram da cerimônia de abertura o diretor cultural da CPLP, Ima Panso; o ministro da Educação de Cabo Verde, Amadeu Cruz; e o diretor de Educação desse país, Adriano Moreno Fernandes.
Em sua fala, Panso sublinhou a alfabetização como um ‘ato de liberdade e justiça’, enfatizando que, nos países da CPLP, as mulheres continuam a enfrentar altos índices de analfabetismo, muitas vezes devido a barreiras culturais, como o casamento precoce. Já o ministro Amadeu Cruz reforçou o compromisso de Cabo Verde com a Educação inclusiva, destacando que ‘o conhecimento é a única maneira de sermos realmente livres’ e que a alfabetização é essencial para o progresso de uma nação.
Comunidade e Cooperação Internacional
O encontro encerrou-se com um compromisso renovado de cooperação internacional, com vistas a enfrentar os desafios globais da Educação e considerar a importância da sustentabilidade como parte dos processos educativos. A CPLP, criada em 1996, tem quatro objetivos centrais: a concertação político-diplomática; a cooperação em todos os domínios; a promoção e a difusão da língua portuguesa; e a cooperação econômica. A origem da comunidade remonta ao primeiro encontro de chefes de Estado e de Governo de Língua Portuguesa, ocorrido em São Luís do Maranhão, em novembro de 1989, por iniciativa do Brasil.
Fonte: © MEC GOV.br
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