Ministro confirmou acordo de cooperação internacional em tributação, consenso finalizado. Questões geopolíticas tratadas na presidencial brasileira, OCDE, Imposto Mínimo Global, Pilar 1 e 3.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou que a discussão sobre impostos sobre os super-ricos está em pauta durante a cúpula do G20, que ocorre em Buenos Aires. A proposta de aumentar a taxação sobre os super-ricos tem gerado debates acalorados entre os representantes dos países presentes, com destaque para a posição firme do Brasil em relação a essa medida.
Em meio às negociações, surgiu a possibilidade de um acordo global para a implementação de impostos sobre os ricos em nível internacional. Essa iniciativa visa garantir uma distribuição mais equitativa da riqueza e fortalecer a arrecadação dos países membros do G20. A expectativa é que a reunião resulte em avanços significativos na discussão sobre os impostos e suas implicações para a economia mundial.
Impostos sobre os super-ricos: Consenso Internacional e Acordo de Cooperação
Haddad ressaltou a importância das discussões sobre a taxação de super-ricos, uma proposta apresentada pela presidência brasileira no G20. Apesar de algumas nações se oporem à taxação dos ultraricos, um consenso foi alcançado a favor de uma tributação progressiva. Isso implica em uma distribuição mais equitativa dos impostos, com os mais ricos contribuindo proporcionalmente mais do que os mais pobres.
O comunicado conjunto da trilha financeira do G20 foi divulgado, marcando uma grande conquista para a diplomacia brasileira. Três documentos serão emitidos: a declaração final, o acordo de cooperação e um texto adicional abordando questões geopolíticas, todos refletindo o compromisso internacional em relação à tributação progressiva.
A declaração final, composta por 35 parágrafos, destaca a importância de combater a pobreza e a desigualdade, incluindo diversas referências à taxação de super-ricos. Essa abordagem é considerada um avanço significativo e demonstra a cooperação internacional em questões tributárias.
Haddad mencionou que o Brasil buscará o comprometimento da próxima presidência do G20, que será assumida pela África do Sul, para estudar a taxação de ultraricos. Ele enfatizou que a direção desse debate não será afetada por mudanças políticas, como a possível reeleição de Donald Trump nos EUA.
Para impulsionar a proposta de taxação de ultraricos, o Brasil tem se reunido com organizações como a OCDE e a ONU, além de acadêmicos e outros stakeholders. Haddad reconhece que essa mudança de paradigma não será fácil, mas acredita no crescimento do apoio social a essa agenda.
A proposta de Imposto Mínimo Global da OCDE, com seus pilares de distribuição de tributação e tributação mínima global para multinacionais, está alinhada com a ideia brasileira de taxar os ultraricos, que poderia ser considerada como um terceiro pilar da organização.
Haddad destacou a importância de avançar com a tributação de ultraricos, mesmo diante dos desafios que isso representa. Ele ressaltou a necessidade de ações individuais dos países nesse sentido, caso não haja progresso em nível global.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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