Ministros de financas estudam técnicas do empréstimo para Ucrânia: ganhos, ativos rusos sobrenacionais, congelados, detalhes técnicos, tratado de paz, garantias de que ativos não serão remobilizados, período de renovação de sanções.
Líderes financeiros do Grupo das Sete democracias ricas tentarão avançar nesta quarta-feira (24) em negociações sobre o aproveitamento dos ganhos de ativos soberanos russos congelados para apoiar um empréstimo de US$ 50 bilhões para a Ucrânia. Em meio às discussões, é fundamental garantir a sustentabilidade desse empréstimo e o comprometimento de todas as partes envolvidas.
Conforme os Estados Unidos buscam mais certeza, principalmente da União Europeia, de que os ativos seguirão imobilizados no longo prazo. As negociações ocorrem à margem de uma reunião de líderes financeiros do G20 no Brasil, com foco em questões econômicas, climáticas e de desenvolvimento mais amplas. É essencial considerar diferentes opções de empréstimos e financiamentos para garantir a estabilidade econômica da região.
Discussão sobre Empréstimos e Financiamento
Em junho, os líderes do G7 concordaram em utilizar os ganhos de cerca de 300 bilhões de dólares em ativos soberanos russos congelados, desde que Moscou invadiu a Ucrânia em 2022, para apoiar um empréstimo de 50 bilhões de dólares. Este empréstimo visa ajudar a Ucrânia e garantir segurança de financiamento externo para além deste ano. O plano foi elaborado de forma a não confiscar os ativos, evitando assim possíveis consequências negativas no sistema financeiro global.
Detalhes Técnicos do Plano de Empréstimo
No entanto, os detalhes técnicos do empréstimo se mostraram mais complexos do que inicialmente previsto. Os Estados Unidos estão buscando garantias de que os ativos permaneçam congelados por um longo período, pelo menos até que um tratado de paz seja estabelecido, preservando a soberania da Ucrânia e permitindo que a Rússia compense o país pelos danos causados.
Renovação das Sanções e Garantias de Empréstimo
A União Europeia, que mantém um regime de sanções contra a Rússia, precisa renová-lo a cada seis meses. Isso levanta a questão da possibilidade de os ativos subjacentes serem liberados. Para garantir o sucesso do plano de empréstimo, os embaixadores dos Estados-membros da UE estão discutindo opções para estender o período de renovação das sanções, especialmente em relação aos ativos do banco central russo.
Segurança e Estabilidade no Tratado de Paz
É crucial que haja unanimidade entre os Estados-membros da UE para garantir a extensão do período de renovação das sanções. Isso visa aumentar a segurança jurídica e a previsibilidade para os parceiros do G7 em relação aos fluxos de receitas extraordinários destinados à Ucrânia. Esses recursos serão utilizados para o pagamento de empréstimos bilaterais adicionais da UE e dos parceiros do G7, garantindo assim a estabilidade financeira e o desenvolvimento econômico do país.
Fonte: © CNN Brasil
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