Luto influencia neurobiologicamente sistema límbico, circuito de recompensa, pré-frontal, imunológico e nervoso simpático, alterando diferentemente córtex cerebral, hipocampo e sistema nervoso. (146 caracteres)
O luto é um sentimento profundo que pode desencadear mudanças em áreas específicas do cérebro, gerando impactos em todo o corpo. É fundamental compreender que o luto não se restringe apenas à morte de alguém, podendo abranger outras formas de perda, como a de um animal de estimação, de um emprego, ou de uma situação financeira. É um processo complexo e subjetivo que afeta cada indivíduo de maneira única.
A tristeza e a deploração são emoções frequentemente associadas ao luto, refletindo a dor e a saudade que surgem diante da ausência de algo ou alguém significativo. É importante permitir-se vivenciar esses sentimentos, pois fazem parte do processo de aceitação e adaptação a uma nova realidade. A jornada do luto pode ser longa e desafiadora, mas é essencial buscar apoio emocional e compreensão durante esse período delicado. luto
Luto: um processo único e complexo
Quase metade dos casos de demência poderiam ser prevenidos, revela estudo que destaca a importância de cuidar da saúde mental. Perder alguém querido pode desencadear um envelhecimento acelerado, conforme aponta pesquisa recente. A ansiedade, por sua vez, pode aumentar significativamente o risco de demência, trazendo à tona a necessidade de cuidar da saúde emocional.
Cada indivíduo vivencia o luto de maneira singular, não havendo um padrão estabelecido. A fragilidade emocional pode tornar o processo de enfrentamento mais desafiador, enquanto a força emocional pode facilitar a elaboração do luto e a retomada da vida. Marcella Pinto Maia Rett, diretora do setor de Psicologia do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe), ressalta a importância de compreender e respeitar a individualidade de cada pessoa nesse momento delicado.
Estudos científicos evidenciam que o luto está associado a alterações neurobiológicas que impactam diversas regiões do cérebro, incluindo o sistema límbico, o circuito de recompensa cerebral e o córtex pré-frontal, bem como o sistema imunológico. Essas mudanças podem desencadear a ativação do sistema nervoso simpático, resultando em aumento do estresse e da ansiedade, além de alterações na atividade cerebral e nos níveis de neurotransmissores.
A psiquiatra Jessica Martani destaca que o intenso estresse decorrente do luto pode desencadear alterações em áreas cerebrais como a amígdala e o hipocampo, além de afetar os níveis de serotonina e dopamina, podendo resultar em sintomas como tristeza, ansiedade e alterações no humor. É fundamental estar atento a essas mudanças e buscar apoio profissional quando necessário para lidar de forma saudável com o processo de luto.
As consequências prolongadas do luto podem impactar negativamente a saúde física e mental, tornando o organismo mais vulnerável a doenças. As alterações observadas no sistema imunológico e no funcionamento cerebral podem contribuir para o envelhecimento acelerado, como demonstrado por pesquisadores da Columbia University School of Public Health e do Butler Columbia Aging Center. A importância de cuidar da saúde emocional e buscar apoio durante o luto é essencial para preservar o bem-estar e a qualidade de vida.
Fonte: © CNN Brasil
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