Paraisópolis favela é famosa pela grande festa funk chamada DZ7, com frequentes conflitos entre moradores e policiais: ocorrências, desobedientes, contra autoridade, agressões, denúncias, direitos humanos, impedimentos, toques, recolhimentos, escalada de violência, comunitário. Comerciantes incluídos.
(FOLHAPRESS) – Residentes de Paraisópolis, na região sul de São Paulo, denunciaram à reportagem mais um episódio de violência policial, na noite deste domingo (4). Vídeos enviados à reportagem mostram policiais militares agredindo moradores em frente a um comércio local.
Os relatos apontam para um possível abuso de poder policial durante a ação, evidenciando a vulnerabilidade dos moradores diante da violência policial. A comunidade exige um posicionamento das autoridades sobre as recorrentes agressões cometidas por agentes do poder policial. militares do corpo de bombeiros
Violência Policial: Ocorrência de Desobediência Contra Autoridade Policial em Paraisópolis
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) foi contatada nas primeiras horas da madrugada desta segunda-feira (5), mas ainda não deu retorno à solicitação. O 89º Distrito Policial, responsável por Paraisópolis, localizado na Vila Suzana, comunicou que a Polícia Militar registrou uma ocorrência de ‘desobediência contra a autoridade policial’ na comunidade no início da madrugada. Em um dos relatos, feito por moradores e divulgado no antigo Twitter, um grupo de policiais agrediu um homem sozinho com golpes de cassetete e chutes. Em outro vídeo, um agente agrediu uma mulher, que estava caída no chão, em uma das vielas da comunidade. Uma liderança comunitária do bairro, onde mais de 43 mil habitantes residem, afirmou à Folha que o incidente ocorreu por volta das 20h e que a ação foi considerada desproporcional e sem necessidade, caracterizando-se como uma truculência gratuita contra os moradores locais. Paraisópolis, conhecida também por abrigar um dos maiores bailes funks da capital, denominado ‘DZ7’, é frequentemente palco de confrontos entre policiais e moradores. De acordo com o líder comunitário, o episódio de violência registrado no domingo não foi motivado por eventos recentes, uma vez que o baile está suspenso há algumas semanas devido à atuação da Polícia Militar. Casos recentes de violência policial em Paraisópolis mobilizaram ativistas, instituições de direitos humanos, deputados de partidos de esquerda e líderes comunitários a formarem o ‘Comitê de Crise Paraisópolis Exige Respeito’. O grupo foi anunciado no início de julho na sede da Ouvidoria da Polícia, no centro da capital. Desde maio, o órgão tem recebido denúncias de violações de direitos humanos na favela, como invasões de domicílios, abordagens agressivas, restrição do direito de ir e vir e imposição de toque de recolher a comerciantes. A Ouvidoria expressa preocupação com a falta de investigação das denúncias, temendo uma escalada de violência na comunidade. Em 5 de abril, um homem faleceu na favela após resistir a uma abordagem da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Em 17 de abril, um menino de sete anos sofreu um ferimento no rosto durante uma ação policial em Paraisópolis, enquanto acompanhava a mãe a caminho da escola, resultando na perda da visão do olho direito. No dia seguinte ao incidente, moradores de Paraisópolis se reuniram no coração da favela para exigir paz e denunciar ações violentas da Polícia Militar.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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