Grupo apresentará propostas no Summit Internacional W20 2024, no Rio de Janeiro, abordando economia, tecnologia, justiça, violência, gêneros e presença feminina no mercado com cuidado e financiamento.
A economia brasileira pode ser impulsionada por meio de políticas públicas que promovam a igualdade de gênero e oportunidades para as mulheres. É essa a ideia central que será defendida pelo Women 20, um grupo de engajamento que discute questões relacionadas a mulheres dentro do G20, durante o Summit Internacional W20 2024, que ocorrerá em 1º de outubro, no Rio de Janeiro.
O desenvolvimento econômico sustentável é um dos principais objetivos do G20, e a participação ativa das mulheres é fundamental para alcançá-lo. A economia brasileira pode se beneficiar significativamente com a implementação de políticas que promovam a igualdade de gênero e oportunidades para as mulheres, como a criação de programas de emprego e treinamento, além de incentivos para a empreendedorismo feminino. A igualdade de gênero é um direito humano fundamental e é essencial para o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável do país.
Desenvolvimento Econômico e a Presença Feminina
O painel ‘W20 na prática: o protagonismo feminino transformando a agenda global’ reuniu cinco delegadas do grupo durante a 13ª edição do Festival Rede Mulher Empreendedora 2024, em São Paulo (SP), para discutir a importância da economia no desenvolvimento sustentável. Ana Fontes, fundadora da RME e chair do W20, destacou que o tema é fundamental para melhorar a economia e que as medidas governamentais devem atuar em cinco pontos principais: mais acesso de mulheres empreendedoras ao mercado e a financiamento, maior atenção à economia do cuidado, enfrentamento da violência de gêneros, presença feminina na tecnologia e justiça climática.
A economia é um dos principais motores do desenvolvimento econômico, e a presença feminina é fundamental para impulsionar o crescimento econômico. No entanto, as mulheres ainda enfrentam muitos obstáculos para acessar o mercado e obter financiamento. Uma das ideias é fomentar a inclusão de empreendimentos fundados e liderados por mulheres nas listas de fornecedores de empresas que mantêm negócios com o governo. Isso pode ser alcançado por meio de legislação que exija um mínimo de compras feitas de fornecedores de mulheres ou outros grupos minorizados.
Crescimento Econômico e Economia do Cuidado
A economia do cuidado é um setor fundamental para o desenvolvimento sustentável, mas ainda não é reconhecido como um setor da economia. As mulheres são responsáveis pelo trabalho invisível, ou seja, as tarefas domésticas e o trato de crianças, idosos e outras pessoas que necessitam. Adriana Rodrigues, diretora de relações institucionais da RME e especialista na área de comércio, gênero e desenvolvimento sustentável, defendeu a remuneração dessas atividades. ‘Tendo mais renda, elas podem também comprar de outras mulheres, e a economia crescerá cada vez mais.’
A forma de enxergar a economia do cuidado também deve mudar. A economia do cuidado não conta para o PIB, um dos indicadores mais importantes para qualquer país. Isso precisa mudar, pois o trabalho que as pessoas fazem em casa é fundamental para o desenvolvimento econômico. Maria Spina Bueno, conselheira da RME, concorda que a economia do cuidado é fundamental para o crescimento econômico e que as mulheres devem ser remuneradas por suas atividades.
A tecnologia também é fundamental para o desenvolvimento econômico, e a presença feminina na tecnologia é essencial para impulsionar o crescimento econômico. No entanto, as mulheres ainda enfrentam muitos obstáculos para acessar a tecnologia e obter financiamento. Linhas de crédito personalizadas e programas específicos para empreendedoras também entraram na pauta. É preciso um sistema financeiro que olhe dados além dos bancários para fornecer soluções de crédito que não necessitem de tantas garantias baseadas em volume de vendas.
Fonte: @ PEGN
Comentários sobre este artigo