Gestora americana Portolan vê valorização em empresas de menor capitalização após rali do S&P 500, com relação preço/lucro positiva.
As SETE MAGNÍFICAS, referência à Amazon, Alphabet, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla, estão no radar do investidor brasileiro. Com uma expressiva valorização recente, elas têm impulsionado os ganhos do S&P500, o principal índice da NYSE com as MAIORES empresas dos Estados Unidos. Contudo, de acordo com a gestora americana Portolan Capital Management, os ‘dias de glória’ dessas CAPS; podem estar em contagem regressiva.
Para a gestora Portolan Capital Management, as SETE MAGNÍFICAS mostraram um desempenho impressionante, capitalizando grandes retornos para os investidores. Entretanto, com a aproximação de cenários incertos, a atenção está voltada para possíveis desafios e mudanças no panorama do mercado financeiro. E mesmo as PEQUENAS ações podem ter um impacto significativo no futuro das CAPITALIZADAS.
Inovação nas Small Caps
E a descoberta da empresa especializada em empresas de menor capitalização (small e middle caps), estabelecida em 2004 com aproximadamente US$ 1,4 bilhão sob gestão, não está vinculada somente às correções de alguns papéis nos últimos pregões – a Nvidia, por exemplo, sofreu perdas equivalentes a três Petrobras na terça-feira, 3 de setembro.
‘As pessoas priorizaram bastante a ideia da inteligência artificial e na capacidade dessas empresas de investirem bilhões em tecnologia’, menciona George McCabe, fundador e CIO da Portolan, em conversa com o NeoFeed. ‘Porém, a relação preço/lucro ficou esticada e elas estão pressionadas a continuar apresentando resultados positivos e crescentes ou enfrentarão grandes correções’, acrescenta.
De acordo com McCabe, os investidores, em geral, mantiveram portfólios muito concentrados nos últimos anos. No entanto, agora é o momento de diversificar. As ações de menor capitalização foram negligenciadas e ficaram ausentes, especialmente devido aos resultados fracos nos últimos anos, impactadas principalmente pelo aumento da taxa de juros.
Enquanto o S&P500 registra uma valorização de 90% em cinco anos, o Russell 2000, índice que engloba as duas mil ações de menor capitalização na bolsa americana, apresenta um crescimento de 44%. Esse desempenho menor levou as small caps a enfrentarem ‘uma crise localizada’. O mercado estava mais interessado em teses de crescimento do que de valor.
Com as mudanças nas perspectivas macroeconômicas e possíveis quedas nas taxas de juros, as ações de valor estão subvalorizadas. ‘Durante alguns anos, essas empresas tiveram resultados negativos, enfrentaram uma crise interna que as levou a reduzir custos, ao contrário das grandes empresas que aumentaram’, destaca McCabe.
Os últimos dois trimestres mostraram resultados positivos, com perspectivas de crescimento. No entanto, isso não significa necessariamente que o índice Russell 2000 como um todo terá um desempenho superior. Nos últimos três meses, o índice subiu 3,8%, enquanto o S&P500 acumulou um aumento de 4,3%.
Para McCabe, a Portolan adota uma abordagem de seleção de empresas que conseguiram gerar valor nos últimos anos e estão significativamente subvalorizadas. A gestora americana investe sobretudo nos setores de saúde, tecnologia e consumo, com foco nos Estados Unidos, mas também considera oportunidades internacionais.
Atualmente, a gestora limitou sua exposição à tecnologia, visto que considera que as avaliações estão altas. Em vez disso, prioriza empresas resilientes que não dependem do desempenho do PIB para crescer, como no setor de saúde.
Um exemplo de empresa relevante para a Portolan é a Lantheus Holdings, dedicada à medicina de imagem, que obteve um expressivo crescimento de cerca de 72% somente neste ano. Outra empresa resiliente no setor de consumo é a The Honest Company, fabricante de produtos naturais para bebês fundada por Jessica Alba, que apresentou um crescimento de 185% em um ano.
Fonte: @ NEO FEED
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