MegaBox confessou comprar 1,6kg Omo pó sabão de um distribuidor suspeito. Operação fechada pelas Procons-RJ. Ceasa-RJ bloqueou lojas. Agentes identificaram golpe: permissão falha, central de distribuição, holograma errado, lingueta quente, cola grosseira, abertura diferente, denúncias em andamento. Fabricante investigará.
Uma ação do Procon-RJ resultou na apreensão de aproximadamente 30 toneladas de sabão em pó falsificado em uma das lojas das Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ). A operação ocorreu na mesma semana em que a Secretaria de Defesa do Consumidor (Sedcon-RJ) identificou 18 toneladas do mesmo produto falsificado em um atacado em Olaria, na região norte do Rio. A rede de supermercados foi multada.
Os falsificadores estão cada vez mais sofisticados, produzindo cópias quase idênticas aos produtos originais. As confecções ilegais de sabão em pó e outros itens de limpeza representam um grande risco para os consumidores, que podem adquirir clones sem saber da procedência duvidosa. É importante ficar atento e denunciar qualquer suspeita de falsificação para as autoridades competentes.
Operação do Procon-RJ desvenda rede de confecções ilegais
Ao Estadão, a MegaBox declarou que ‘adquiriu de boa fé junto a um distribuidor sabão em pó de 1,6 Kg da marca Omo e foi surpreendido pela constatação de sua natureza falsificada’. A empresa acrescentou que está colaborando com as autoridades e que irá reembolsar os clientes que tiverem adquirido o produto.
A Ceasa-RJ não quis comentar o caso, alegando que a operação aconteceu dentro de uma rede de supermercados que tem permissão para atuar no espaço. De acordo com o Procon-RJ, a operação na central de distribuição aconteceu após agentes da autarquia terem encontrado cópias do produto à venda em um supermercado em Belford Roxo, no Grande Rio.
O proprietário do estabelecimento apresentou notas fiscais da compra e informou que o produto havia sido adquirido de um fornecedor da central de abastecimento. O Procon-RJ também informou que já vinha recebendo denúncias de venda de clones do produto.
Por causa disso, há cerca de dois meses os agentes receberam treinamento da própria fabricante do produto, que explicou como identificar os pacotes falsificados. ‘Há uma potencial lesão ao consumidor que, muitas vezes, não tem conhecimento da origem falsa do produto, sendo atraído pelos preços mais baratos ou pela aparência similar ao original’, comentou Cássio Coelho, que é presidente do Procon-RJ.
Na terça-feira, 30, agentes da Sedcon foram à unidade da rede atacadista MegaBox em Olaria após receberem denúncias sobre a venda de sabão em pó falsificado. No local, eles encontraram 18 toneladas do produto. A identificação do golpe foi possível porque, apesar de as caixas do sabão serem idênticas à original, foi possível identificar que o fechamento das embalagens havia sido feito de forma grosseira, com cola quente. A lingueta de abertura da embalagem também era diferente da original. Além disso, as embalagens de Omo possuem um holograma que só é possível de ser visto com auxílio de luz negra, o que não acontecia nas caixas do produto à venda.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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